O terceiro período começa
praticamente após a segunda guerra mundial e, sua afirmação, incluindo os
países de terceiro mundo, vai realmente dar-se nos anos 70. É a fase a que R.
Richta (1968) chamou de período técnico-científico, e que se distingue dos anteriores,
pelo fato da profunda interação da ciência e da técnica, a tal ponto que certos
autores preferem falar de tecnociência para realçar a inseparabilidade atual
dos dois conceitos e das duas práticas.
Essa união entre técnica e
ciência vai dar-se sob a égide do mercado. E o mercado, graças exatamente à
ciência e à técnica, torna-se um mercado global. A ideia de ciência, a ideia de
tecnologia e a ideia de mercado global devem ser encaradas conjuntamente e desse
modo podem oferecer uma nova interpretação à questão ecológica, já que as mudanças
que ocorrem na natureza também se subordinam a essa lógica. Neste período, os
objetos técnicos tendem a ser ao mesmo tempo técnicos e informacionais, já que,
graças à extrema intencionalidade de sua produção e de sua localização, eles já
surgem como informação; e, na verdade, a energia principal de seu funcionamento
é também a informação. Já hoje, quando nos referimos às manifestações geográficas
decorrentes dos novos progressos, não é mais de meio técnico que se trata. Estamos
diante da produção de algo novo, a que estamos chamando de meio técnico-científico-informacional.
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