domingo, 12 de abril de 2020

A Guerra Fria


Características da Guerra Fria (segunda parte)

Ao longo da duração da Guerra Fria (1947-1991), algumas ações puderam ser observadas, como a corrida armamentista, pois a disputa entre americanos e soviéticos fazia com que o clima de guerra entre os dois lados existisse e isso levou as duas nações a investirem maciçamente no desenvolvimento de armas. Houve também, nesse período, a corrida espacial, pois a rivalidade entre americanos e soviéticos fez com que os dois países investissem no desenvolvimento tecnológico, e a exploração espacial acabou sendo um campo dessa disputa. Os soviéticos foram os primeiros a enviar um satélite, um animal e um ser humano para o espaço, e os americanos conseguiram levar o primeiro humano à Lua. A interferência estrangeira também foi uma marca desse conflito, uma vez que soviéticos e americanos disputavam a sua influência em diversos países considerados estratégicos do ponto de vista geopolítico. Isso resultou em conflitos em regiões da Ásia e África e na em golpes de Estado na América Latina.
Outra característica marcante da Guerra Fria foi a polarização do mundo em dois grandes blocos: um em apoio aos Estados Unidos e adepto ao capitalismo, e outro em apoio à União Soviética e adepto ao socialismo. A formação desses blocos ocasionou a formação de uma série de tratados econômicos e militares. No campo econômico, podemos destacar a formação da União Europeia, formada entre as nações capitalistas da Europa Ocidental, e do Comecon, formado pelas nações socialistas do leste europeu; no campo militar, por sua vez, podemos destacar a Organização do Tratado do Atlântico Norte, liderada pelos EUA, e o Pacto de Varsóvia, liderado pela URSS.
Também merece destaque nesse contexto a Revolução Chinesa. A guerra entre os comunistas na China e os nacionalistas (capitalistas) estendia-se desde a década de 1920, sendo interrompida por conta da invasão japonesa na década de 1930. Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, o conflito foi retomado e os comunistas liderados por Mao Tsé-Tung, consideraram derrotar os nacionalistas. Em 1949, a China converteu-se em uma nação comunista, e os Estados Unidos passaram a intervir mais abertamente na Ásia para impedir que outros países fossem influenciados pela China.

A Guerra Fria


Guerra Fria (primeira parte)
Guerra Fria é o nome que damos ao conflito político e ideológico que se estendeu do final da década de 1940 até o ano de 1991. Esse acontecimento teve como protagonistas os Estados Unidos e a União Soviética, países que representavam duas ideologias distintas que eram o capitalismo e o socialismo, respectivamente. A Guerra Fria impactou de diversas maneiras o mundo, ao longo do século XX, e resultou em disputas nos campos científico, econômico, esportivo, bélico, além da clara disputa política e ideológica. Ao longo desse conflito, a rivalidade e a disputa geopolítica levaram à deflagração de uma série de conflitos em outras partes do planeta.
A Guerra Fria teve início na década de 1940, pouco depois que a Segunda Guerra Mundial teve fim. Esse conflito foi resultado da disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e União Soviética, os dois países que saíram com status de potência após a guerra. A diferença de ideologia é a chave para entendermos esse conflito. Os historiadores consideram um discurso realizado pelo presidente norte-americano Harry Truman o ponto de partida para o início da Guerra Fria. Nesse discurso, realizado em 1947, Truman pedia aumento na liberação de verbas para que os Estados Unidos barrassem o avanço do socialismo pelo mundo. A partir daí, nasceu a Doutrina Truman, a ideologia que reunia o conjunto de medidas tomadas pelos Estados Unidos para conter o avanço do socialismo pela Europa. Dentro da Doutrina Truman está o Plano Marshall, que foi o plano de financiamento dos países europeus que haviam sido destruídos com a Segunda Guerra.
O discurso maniqueísta (percepção dualista tipo – o bem X o mal) propagado por essa ideologia acabou criando um clima alarmista que contribuiu para acirrar os ânimos entre as duas nações. Conforme a rivalidade aumentou, os soviéticos também aderiram ao discurso maniqueísta, consolidando a polarização do mundo.