terça-feira, 15 de março de 2011

CIDADES

CIDADES

Professor – Allan Rômulo Lima

“As cidades são a peça fundamental do jogo da prosperidade”, define Marc Weiss, do Instituto de Praga para o Desenvolvimento Urbano Global. (...) “Há uma estranha noção de que a maneira de lidar com os problemas de uma cidade é manter as pessoas longe dela”, prossegue Weiss. “Mas os problemas da vida rural são ainda mais sérios”. (...)
Para descobrir como as pessoas estão lidando com o crescimento urbano drástico, o fotografo Stuart Franklin e eu fomos a São Paulo, Bangcoc (Tailândia), Lagos (Nigéria) e Hiderabad (Índia). Preparei-me para levar um choque – e levei. Mas o que mais me impressionou não foram o tumulto informe, o ar irrespirável, as favelas superpovoadas e os arranha-céus insensatos. Foram a tenacidade, a fineza e as esperanças do povo. Essas cidades massivas não são cargueiros lotados sem leme e com um rombo no casco. Nas anônimas vastidões das periferias urbanas descobri que o que parece ser o maior fardo de cada cidade – tanta gente – é na verdade seu maior patrimônio. O problema é como torná-lo operacional. (ZWINGLE, Erla. National Geographi. 2002).


RESPONDA:

1 – Que idéias a respeito das cidades estão presentes no texto? Qual sua opinião a respeito dessas idéias?
2 – Opine sobre a afirmação: “Há uma estranha noção de que a maneira de lidar com os problemas de uma cidade é manter as pessoas longe dela”.
3 – Faça uma lista dos aspectos positivos e negativos presentes no nosso município.

O FIM DOS EMPREGOS

O FIM DOS EMPREGOS

Professor – Allan Rômulo Lima

No início do século, o Fórum Econômico de Davos, na Suíça, estimava um número de 800 milhões de desempregados em todo o mundo. Era a mesma estimativa de Jeremy Rifkim no livro O Fim dos Empregos, comentado abaixo.
“Sem dúvida, é o maior número de desempregados da História, superando mesmo os anos de colapso da década de 30. Se nas Revoluções Tecnológicas anteriores houve transferência de trabalhadores de um setor para outro, essa possibilidade não mais existe. Na primeira Revolução Industrial, a agricultura cedeu trabalhadores às indústrias, de maneira maciça, como sabemos. Na Segunda, quem perdeu empregos industriais migrou para os serviços. Agora, na Terceira Revolução, com o advento da alta tecnologia, o setor de serviços está sendo “desmontado” por ela, o que é essencialmente visível em todas as áreas do comércio, no sistema bancário ou na empresa de serviços. (...)
Não há outras alternativas, senão aquelas propostas por governantes e empresários, além de alarmar os trabalhadores: conviver com menos emprego e com menos tempo no emprego. Se em outros tempos, já houve a redução da jornada de trabalho de 60 para 40 horas semanais, por que não reduzí-la, agora, para 30, sem diminuir os salários? Eis o ponto que ninguém ousa discutir”. (ABREU, Gilberto Andrade de. Globalização para quem? – 2002).

RESPONDA

1 – Dê exemplos concretos que justifiquem o trecho do texto em que o autor afirma que o desemprego é visível no comércio e no setor bancário.
2 – Muitos acreditam que a solução proposta – redução da jornada de trabalho sem diminuir os salários – é uma solução não para o desemprego, mas também para a sobrevivência do próprio sistema capitalista. Discuta a validade ou não dessa posição.
3 – O que significa a sigla IDH? Na sua opinião, por que o IDH do Brasil é relativamente baixo?

Reflexões: O TEMPO e O ESPAÇO

Reflexões sobre: O TEMPO E O ESPAÇO
Professor – Allan Rômulo Lima
Que é o tempo? Um mistério: é imaterial e – onipotente. É uma condição do mundo exterior; é um movimento ligado e mesclado à existência dos corpos no espaço e à sua marcha. Mas, deixaria de haver tempo, se não houvesse movimento? Não haveria movimento, sem o tempo? É inútil perguntar. É o tempo uma função do espaço? Ou vice-versa? Ou são ambos idênticos? Não adianta prosseguir perguntando. O tempo é ativo, tem caráter verbal, “traz consigo”. Que é que traz consigo? A transformação. O agora não é o então; o aqui é diferente do ali; pois entre ambos se intercala o movimento. Mas, visto ser circular e fechar-se sobre si mesmo o movimento pelo qual se mede o tempo, trata-se de um movimento e de uma transformação que quase poderiam ser qualificados de repouso e de imobilidade: o então se repete constantemente no agora, e o ali se repete no aqui. Como, por outro lado, nem sequer os mais desesperados esforços nos podem fazer imaginar um tempo finito ou um espaço limitado, decidimo-nos a configurar eternos e infinitos o tempo e o espaço, evidentemente na esperança de obter dessa forma um resultado, senão perfeito, ao menos melhor. Ora, estabelecer o postulado do eterno e do infinito não significa, porventura, o aniquilamento lógico e matemático de tudo quanto é limitado e finito, e a sua redução aproximada a zero? É possível uma sucessão no eterno ou uma justaposição no infinito? São compatíveis com as hipóteses de emergência do eterno e do infinito, conceitos como os da distância, do movimento, da transformação, ou a simples existência de corpos limitados no universo? Quantas perguntas improfícuas! (Thomas Mann – A Montanha Mágica)
Entendendo o texto.
1. Para o autor o que é o tempo?
2. Por que, na opinião do autor, o tempo é ativo?
3. O que existe entre o tempo e o espaço que possibilite mensurá-los?
4. Por que “decidimo-nos a configurar eternos e infinitos o tempo e o espaço”?
5. Em sua opinião – espaço e tempo são idênticos? Justifique.